Ampla retirada de ativos dos EUA: Ações e títulos despencam
- Neto Fortt
- 21 de abr.
- 3 min de leitura

Wall Street viveu mais um episódio de forte aversão ao risco nesta segunda-feira (21/04), com investidores iniciando uma das retiradas mais amplas de capital dos ativos americanos dos últimos anos. Não é apenas mais um “sell-off” técnico. É uma sinalização clara de perda de confiança sistêmica no comportamento previsível das instituições americanas — especialmente o Federal Reserve.
📉 Uma queda que vai além do técnico
O S&P 500 caiu 3%, o Nasdaq 3,2%, e o Dow Jones perdeu 2,9%. O dólar despencou para a mínima em 15 meses, enquanto o rendimento dos treasuries de 10 anos disparou para 4,41% — um movimento típico de fuga dos títulos de longo prazo.
🪙 O ouro, por outro lado, renovou máximas históricas, rompendo os US$ 3.400/oz, enquanto o franco suíço e o iene japonês subiram mais de 1% frente ao dólar.💰 Até o Bitcoin reagiu, com alta de 2,5% no dia.
🧨 O estopim: Trump vs. Powell
Donald Trump intensificou seus ataques ao presidente do Fed, Jerome Powell, afirmando que a inflação “praticamente não existe” e exigindo cortes imediatos de juros. Mais do que isso: ameaçou demitir Powell, e seu governo já discute abertamente essa possibilidade.
Mesmo que legalmente seja improvável, o efeito psicológico foi imediato: o mercado entendeu que a independência do Fed — um dos pilares da confiança internacional no sistema financeiro americano — está sob ameaça real.
“Demitir Powell seria o maior gatilho de fuga de capital dos EUA que poderíamos imaginar hoje”, afirmou Michael Brown, estrategista da Pepperstone.
🏦 A fuga dos títulos americanos
Títulos do Tesouro americano, que normalmente funcionam como porto seguro, estão sendo vendidos. Clientes do Deutsche Bank, especialmente na Ásia, estão realocando capital para títulos europeus, dívida japonesa e ouro. Do outro lado, o crédito corporativo americano está travado: empresas estão desistindo de emissões. Apenas a American Express arriscou — o resto segurou.
🌍 Uma nova dinâmica de fluxo global
Pela primeira vez em muito tempo, o mundo está reavaliando seu apetite por ativos americanos.
O ETF do S&P 500 caiu 15% desde o início do segundo mandato de Trump
Um ETF da BlackRock que segue o mercado alemão subiu 11% no mesmo período
O petróleo WTI caiu para menos de US$ 64
O índice Bloomberg Dollar Spot caiu 0,7% no dia
Essa divergência entre o desempenho dos EUA e do resto do mundo não é por acaso — é o reflexo de uma política externa cada vez mais isolada, protecionista e imprevisível.
🧠 O que isso nos ensina como traders?
Como eu sempre digo na Elite Americana: o contexto vem antes da técnica. Quem não está lendo isso ainda está operando como amador em um mercado cada vez mais profissional.
Os fluxos estão mudando. A leitura de risco institucional precisa estar na tela todos os dias. Não é mais apenas sobre inflação, payroll ou PMI. Agora é política externa, Fed sob pressão e reavaliação global do dólar.
🎯 E o que fazer com essa informação?
Quem opera sem consciência de onde está pisando, é engolido.
Na Elite Americana, estamos preparados para atuar com base na leitura macro real, explorando oportunidades de curto prazo, sem perder a visão de médio e longo prazo.
Se você ainda opera sem entender esses movimentos, ou está tentando decifrar o mercado com “setup fixo”, você está atrasado.
Agora é hora de:
Proteger capital
Operar com contexto e flexibilidade
Acompanhar de perto os dados políticos e econômicos
E, acima de tudo, estar do lado certo do fluxo
A reprecificação do risco americano já começou. Se você não entende isso, não devia nem estar clicando no botão “Buy” ou “Sell”.Mas se entende, então sabe que é exatamente nesse tipo de cenário que surgem as maiores oportunidades da década.
– Neto Fortt Elite Americana | Renda em Dólar com Consciência
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